Demissão no Brasil: o que você precisa saber

Ser demitido pode deixar a cabeça a mil, mas entender a lei ajuda a evitar surpresas. Quando o empregador decide encerrar o contrato, ele tem que cumprir regras claras. Vamos ver o que a CLT exige e como garantir que tudo seja pago direitinho.

Aviso prévio e valores da rescisão

O aviso prévio pode ser trabalhado ou indenizado. Se a empresa não quiser que você vá até o último dia, ela paga o equivalente a 30 dias mais três dias por ano completo de serviço. Além disso, a rescisão inclui saldo de salário, férias vencidas e proporcionais, 13° salário proporcional e o FGTS com a multa de 40%.

Direitos extras que ninguém costuma lembrar

Se a demissão foi sem justa causa, você tem direito ao seguro‑desemprego, desde que tenha trabalhado 12 meses nos últimos 18. O prazo para solicitar varia de 7 a 120 dias após o desligamento. Também vale conferir se tem direito ao vale‑transporte, vale‑alimentação ou outros benefícios que a empresa oferecer.

Outra vantagem: o FGTS depositado ao longo do contrato pode ser sacado. O trabalhador pode retirar o saldo total ou usar como parte do pagamento da casa própria, por exemplo.

Se houver dúvidas sobre o cálculo, vale usar a planilha de rescisão que fica disponível em sites de sindicatos ou de órgãos ligados ao trabalho. Elas já trazem os percentuais corretos e ajudam a evitar erros.

Mas atenção: caso a empresa não entregue a documentação (como o termo de rescisão e o comprovante de pagamento de FGTS), você pode acionar o Ministério do Trabalho ou o sindicato da categoria. A lei protege o trabalhador contra atrasos e omissões.

Quando a demissão for por justa causa, a situação muda. Nessa hipótese, o trabalhador perde o direito ao aviso prévio, à multa do FGTS e ao seguro‑desemprego. Ainda assim, ele tem direito ao saldo de salário e às férias proporcionais.

Depois de receber tudo certinho, o próximo passo é organizar a busca por um novo emprego. Atualize o currículo, destaque as habilidades que você desenvolveu no último cargo e use redes como LinkedIn para se conectar com recrutadores.

Se precisar de apoio emocional, procure grupos de apoio ou até mesmo um psicólogo. A mudança de rotina pode ser estressante, mas conversar com quem entende ajuda a manter a motivação.

Por fim, lembre-se de que a demissão não define seu valor profissional. Com as informações corretas e um plano de ação, você pode transformar esse momento em uma nova oportunidade. Aproveite para investir em cursos, melhorar o networking e ficar pronto para o próximo desafio.