Shawn Mendes e Sam Smith desafiam tabus ao exporem batalhas com saúde mental e autoimagem

Shawn Mendes e Sam Smith desafiam tabus ao exporem batalhas com saúde mental e autoimagem

Larissa Marques ago. 8 18

Homens famosos assumem vulnerabilidades e quebram padrões

Quando se fala em autoestima e saúde mental, muita gente pensa logo em desafios femininos. Só que Shawn Mendes, Sam Smith e Sidney Sampaio mostram que a história é outra: a pressão por aparência e equilíbrio emocional também pesa, e muito, para os homens. Ao trazer seus dramas para o público, eles ajudam a escancarar uma pauta urgente, sem maquiagem e sem meias palavras.

Shawn Mendes, por exemplo, pegou todo mundo de surpresa após cancelar uma série de shows para focar no próprio bem-estar. Ele, que nasceu em 1998 e já coleciona sucessos e fãs ao redor do mundo, foi direto ao ponto: o retorno aos palcos, após o isolamento da pandemia, foi bem mais difícil do que imaginava. Mendes explicou que precisou de uma pausa para buscar ajuda profissional, afirmando que cuidar da cabeça e do corpo era mais importante do que seguir agenda a qualquer custo. O impacto disso? Todos os compromissos de turnê marcados para América do Norte, Reino Unido e Europa foram colocados de lado para priorizar a própria saúde.

Essa atitude não é comum em um meio em que continuar trabalhando – mesmo no limite – é muitas vezes visto como sinal de força. O cantor canadense jogou luz em um problema gigante: a necessidade dos artistas (e de todo mundo) de aceitarem que sensação de esgotamento não é fraqueza, mas um sinal de alerta.

Autoaceitação e coragem de Sam Smith inspiram fãs

Outro nome internacional, Sam Smith, também decidiu abrir o coração sobre os próprios desafios de autoimagem. Desde cedo, Smith sofreu com pressão para seguir padrões impossíveis de beleza. Dietas restritas e cobranças constantes faziam parte do dia a dia do cantor. E, claro: isso veio junto com muito sofrimento emocional.

A virada, para Smith, passou pela aceitação radical do próprio corpo. Numa viagem ao Brasil, durante o Lollapalooza de 2019, ele encarou um gesto simbólico: tirar a roupa e ter um “dia pelado”. Para quem sempre escondeu o corpo por vergonha, essa experiência foi libertadora e marcou de vez o momento de dizer basta às inseguranças. Ele já declarou que não cede mais às exigências de mudar características naturais, reforçando a ideia de que amar nosso próprio reflexo precisa ser prioridade – fama não blinda ninguém das autocríticas e dúvidas.

Para os fãs, esse tipo de relato serve como um sopro de humanidade no universo glamouroso das celebridades. Smith aproxima o palco da vida real, mostrando que ninguém está imune a cobranças tóxicas.

Do lado brasileiro, Sidney Sampaio também tem dado voz ao assunto, ainda que seus relatos não tenham tantos detalhes públicos quanto seus colegas internacionais. O importante é que, ao citar o tema, ele legitima o debate e estimula outros homens a admitirem inseguranças e a buscarem apoio sem medo de julgamentos.

Quando ídolos largam máscaras e falam de suas fraquezas, acabam rompendo barreiras e trazendo à tona uma discussão que interessa a todo mundo, famoso ou não. Afinal, aceitar-se e cuidar da mente ainda é o maior ato de coragem nos dias de hoje.

Comentários (18)
  • Pra QUE
    Pra QUE 10 ago 2025
    Isso é um passo gigante. Ninguém deveria precisar de coragem pra dizer que tá cansado.
    Parabéns pra quem tá se cuidando.
  • Robson Batista Silva
    Robson Batista Silva 12 ago 2025
    Sabe o que é realmente triste? Que ainda tem gente que acha que homens não podem chorar. Isso é uma herança tóxica do patriarcado que ainda insiste em nos envenenar desde a infância. Shawn Mendes não está ‘fraco’ - ele está mais forte do que 90% dos homens que fingem que tudo tá bem só pra não parecerem ‘meninos’. E Sam Smith? Ele não está ‘se exibindo’ - ele está desmontando o mito de que beleza é padrão. E você, que tá lendo isso, já se perdoou hoje?
  • Mateus Furtado
    Mateus Furtado 12 ago 2025
    A gente tá vivendo uma reprogramação coletiva da masculinidade, e isso é um fenômeno cultural de escala global. O corpo como campo de batalha, a mente como recurso não infinito - esses caras estão operando como agentes de mudança sistêmica. A indústria da imagem tá sendo desmontada por vulnerabilidade autêntica. E isso não é ‘moda’ - é evolução biológica e social em tempo real. Se você não entende, é porque ainda tá preso no algoritmo da performance.
  • Ênio Holanda
    Ênio Holanda 13 ago 2025
    Essa abertura é necessária. Não é só sobre fama. É sobre sobrevivência. Muitos homens crescem acreditando que pedir ajuda é derrota. Mas a verdade é que pedir ajuda é o único ato que realmente salva.
  • Wagner Langer
    Wagner Langer 14 ago 2025
    Você acha que isso é real? Ou é só mais uma campanha de marketing da Sony e da Universal? Os artistas não fazem isso por ‘coragem’ - fazem porque a pressão dos algoritmos e das redes sociais os obrigou a se vender como ‘humanos’ pra manter o engajamento. A vulnerabilidade virou produto. E você? Você caiu nessa?
  • Annye Rodrigues
    Annye Rodrigues 16 ago 2025
    Isso me fez lembrar de quando eu parei de me comparar com os influenciadores... e comecei a me olhar no espelho sem ódio. Não é fácil. Mas vale cada segundo.
  • Aline Borges
    Aline Borges 17 ago 2025
    Claro, óbvio que eles vão falar disso agora. Tá na moda ser vulnerável. Mas será que alguém se lembra de quando o Justin Bieber teve um colapso e ninguém falou nada? Só quando o cara é bonitinho e fala em inglês que vira ‘inspiração’. O que tá por trás disso é pura estética da dor.
  • Cleyton Keller
    Cleyton Keller 17 ago 2025
    A construção da identidade masculina contemporânea está em transição epocal. A performance da força, historicamente imposta, está sendo substituída por uma ontologia da autenticidade. O que estamos testemunhando é a descolonização do corpo emocional masculino - um processo que exige desaprendizado coletivo, não apenas individual. Esses artistas não estão apenas falando: estão redefinindo a gramática da existência masculina.
  • jhones mendes silva costa
    jhones mendes silva costa 18 ago 2025
    Você não precisa ser forte o tempo todo. 😊
    É normal se sentir perdido.
    É normal precisar de ajuda.
    Isso não te torna menos homem. Te torna mais humano.
  • Mara Pedroso
    Mara Pedroso 18 ago 2025
    E se tudo isso for uma distração? E se os grandes conglomerados estarem usando essas histórias pra desviar a atenção da crise climática, da fome, da violência policial? E se a ‘vulnerabilidade’ for só um novo tipo de controle - onde você se sente ‘liberado’ por falar, mas continua preso no sistema que te oprime? Pense nisso.
  • Guilherme Barbosa
    Guilherme Barbosa 19 ago 2025
    Se eles fossem de verdade ‘corajosos’, não estariam fazendo disso um show. Isso é teatro. E vocês estão aplaudindo o palhaço. A verdadeira coragem é silenciosa. É quem acorda todo dia e não fala nada, mas continua vivendo.
  • Victor Degan
    Victor Degan 20 ago 2025
    MEU DEUS. ISSO É TÃO IMPORTANTE QUE EU QUASE CHOREI NO TRABALHO.
    Eu tenho 27 anos, trabalho 12h por dia, e nunca falei que estava esgotado. Acho que por um tempo eu acreditei que ser homem era não desmoronar. Mas agora... eu tô começando a entender que desmoronar e se levantar de novo é o que realmente conta. Obrigado por isso.
  • Fabrício Cavalcante Mota
    Fabrício Cavalcante Mota 20 ago 2025
    E os brasileiros? Cadê o nosso ‘homem forte’? Enquanto esses gringos se ‘libertam’, aqui a gente ainda tem que aguentar o machismo de domingo de igreja e o ‘homem não chora’ do pai. Nada muda. Só os que têm dinheiro e fama podem se permitir ser humanos.
  • Paula Beatriz Pereira da Rosa
    Paula Beatriz Pereira da Rosa 20 ago 2025
    Bom. Agora que eles falaram, eu posso voltar a ignorar.
  • Joseph Etuk
    Joseph Etuk 21 ago 2025
    Shawn cancelou shows. Sam tirou a roupa. E eu? Eu ainda tô no trabalho com dor nas costas e não disse nada. Tá tudo bem.
  • Leandro Eduardo Moreira Junior
    Leandro Eduardo Moreira Junior 21 ago 2025
    A vulnerabilidade expressa publicamente por figuras de mídia é uma estratégia de engenharia social de baixo custo, promovida por instituições capitalistas para cooptar o discurso de libertação e transformá-lo em capital simbólico. A autenticidade, nesse contexto, é uma mercadoria de luxo, acessível apenas a indivíduos com capital cultural e econômico suficiente para operar como símbolos de resistência sem sofrer as consequências reais da transgressão.
  • diana cunha
    diana cunha 22 ago 2025
    Eu não sabia que Sam Smith era não-binário. Isso muda tudo? Ou só o que a gente acha que muda?
  • Robson Batista Silva
    Robson Batista Silva 22 ago 2025
    E você, que acha que é só marketing, já tentou pedir ajuda? Ou só fica julgando quem tem coragem de tentar? A sua crítica é mais barata do que o tratamento deles.
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