Homens famosos assumem vulnerabilidades e quebram padrões
Quando se fala em autoestima e saúde mental, muita gente pensa logo em desafios femininos. Só que Shawn Mendes, Sam Smith e Sidney Sampaio mostram que a história é outra: a pressão por aparência e equilíbrio emocional também pesa, e muito, para os homens. Ao trazer seus dramas para o público, eles ajudam a escancarar uma pauta urgente, sem maquiagem e sem meias palavras.
Shawn Mendes, por exemplo, pegou todo mundo de surpresa após cancelar uma série de shows para focar no próprio bem-estar. Ele, que nasceu em 1998 e já coleciona sucessos e fãs ao redor do mundo, foi direto ao ponto: o retorno aos palcos, após o isolamento da pandemia, foi bem mais difícil do que imaginava. Mendes explicou que precisou de uma pausa para buscar ajuda profissional, afirmando que cuidar da cabeça e do corpo era mais importante do que seguir agenda a qualquer custo. O impacto disso? Todos os compromissos de turnê marcados para América do Norte, Reino Unido e Europa foram colocados de lado para priorizar a própria saúde.
Essa atitude não é comum em um meio em que continuar trabalhando – mesmo no limite – é muitas vezes visto como sinal de força. O cantor canadense jogou luz em um problema gigante: a necessidade dos artistas (e de todo mundo) de aceitarem que sensação de esgotamento não é fraqueza, mas um sinal de alerta.
Autoaceitação e coragem de Sam Smith inspiram fãs
Outro nome internacional, Sam Smith, também decidiu abrir o coração sobre os próprios desafios de autoimagem. Desde cedo, Smith sofreu com pressão para seguir padrões impossíveis de beleza. Dietas restritas e cobranças constantes faziam parte do dia a dia do cantor. E, claro: isso veio junto com muito sofrimento emocional.
A virada, para Smith, passou pela aceitação radical do próprio corpo. Numa viagem ao Brasil, durante o Lollapalooza de 2019, ele encarou um gesto simbólico: tirar a roupa e ter um “dia pelado”. Para quem sempre escondeu o corpo por vergonha, essa experiência foi libertadora e marcou de vez o momento de dizer basta às inseguranças. Ele já declarou que não cede mais às exigências de mudar características naturais, reforçando a ideia de que amar nosso próprio reflexo precisa ser prioridade – fama não blinda ninguém das autocríticas e dúvidas.
Para os fãs, esse tipo de relato serve como um sopro de humanidade no universo glamouroso das celebridades. Smith aproxima o palco da vida real, mostrando que ninguém está imune a cobranças tóxicas.
Do lado brasileiro, Sidney Sampaio também tem dado voz ao assunto, ainda que seus relatos não tenham tantos detalhes públicos quanto seus colegas internacionais. O importante é que, ao citar o tema, ele legitima o debate e estimula outros homens a admitirem inseguranças e a buscarem apoio sem medo de julgamentos.
Quando ídolos largam máscaras e falam de suas fraquezas, acabam rompendo barreiras e trazendo à tona uma discussão que interessa a todo mundo, famoso ou não. Afinal, aceitar-se e cuidar da mente ainda é o maior ato de coragem nos dias de hoje.