Na madrugada de domingo, 21 de setembro de 2025, Anne Marie Garnero deixou este mundo em São Paulo após sofrer uma parada cardíaca. Filha da renomada modelo Schynaider Moura e do empresário Mário Bernardo Garnero, a adolescente de 16 anos já enfrentava uma batalha de saúde que marcaria sua curta vida.
Diagnóstico, transplante e evolução da doença
Desde a infância, Anne Marie foi diagnosticada com cardiomiopatia dilatada, uma condição rara que faz o músculo cardíaco se esticar e perder a capacidade de bombear sangue de forma eficiente. Os sintomas incluíam cansaço extremo, falta de ar e episódios de arritmia, que exigiam acompanhamento médico constante.
Em 2022, com apenas 13 anos, ela passou por um transplante de coração, procedimento considerado de alto risco e que exigiu meses de reabilitação. Apesar da cirurgia bem-sucedida, a jovem continuou sob vigilância rigorosa, já que o transplante não elimina completamente a possibilidade de complicações cardíacas.
Em entrevistas anteriores, a família relatou que Anne Marie mostrava muita força e otimismo, participando de atividades escolares e mantendo contato próximo com as amigas. No entanto, a fragilidade do órgão transplantado acabou culminando na fatal parada cardíaca que a levou ao hospital, onde não foi possível reverter o quadro.

Velório, homenagens e apoio da comunidade
O velório foi realizado na manhã de terça‑feira, 23 de setembro, no Cemitério Parque Morumby, na Zona Sul de São Paulo. A cerimônia atraiu uma multidão de celebridades, amigos e familiares, todos mostrando o carinho que sentiam pela adolescente.
Entre os presentes, destacaram‑se o apresentador Luciano Huck, o ex‑jogador Ronaldo Fenômeno, o apresentador João Silva (filho de Faustão e ex‑namorado de Anne Marie), a modelo Isabella Fiorentino e o ator Bruno de Luca. Cada um fez um breve discurso ou sinal de respeito, ressaltando a sensibilidade e a coragem da jovem.
Várias flores foram enviadas por figuras do cenário artístico. A cantora Fafá de Belém enviou um arranjo com a mensagem "Que os anjos a recebam com todo amor". Outras mensagens, publicadas em redes sociais, destacaram a importância de se falar sobre doenças cardíacas em jovens e a necessidade de apoio a famílias que enfrentam transplantes.
Na segunda‑feira, 22 de setembro, Schynaider Moura rompeu o silêncio e publicou uma declaração emocionante. Ela agradeceu pelos votos, ressaltou a luta de sua filha contra a doença e pediu privacidade para o processo de luto. A mãe também enfatizou a esperança de que a história de Anne Marie sirva de alerta para a detecção precoce de problemas cardíacos.
O enterro, também realizado no Parque Morumby, contou com a presença de mais familiares e amigos íntimos, que deixaram flores e pequenas lembranças ao pé do caixão. A família Garnero, ainda em choque, tem recebido o apoio de organizações de transplante e de grupos de pacientes com cardiomiopatia.
O falecimento de Anne Marie abre um debate sobre a disponibilidade de corações para transplante no Brasil, a necessidade de acompanhamento pós‑operatório e o impacto emocional nas famílias. Enquanto a comunidade lamenta a perda de uma jovem cheia de vida, também se une em torno da causa que a filha de Schynaider Moura representava: a busca por mais informação, prevenção e esperança para aqueles que enfrentam doenças cardíacas graves.