Libertadores 2025: confrontos das oitavas, resultados da ida e caminhos até as quartas

Libertadores 2025: confrontos das oitavas, resultados da ida e caminhos até as quartas

Larissa Marques set. 19 0

Chaves, datas e o que já aconteceu

O sorteio na sede da Conmebol, em Luque (Paraguai), definiu os cruzamentos das oitavas de final da Libertadores 2025 e organizou o caminho até a decisão. O modelo foi o tradicional: líderes de grupo em um pote, segundos colocados em outro. Quem fez melhor campanha ganhou o direito de decidir em casa. As partidas de ida foram marcadas depois do Mundial de Clubes nos Estados Unidos, e a volta ficou para a janela de 19 a 21 de agosto.

O Brasil levou seis times para o mata-mata: Flamengo, Internacional, Palmeiras, São Paulo, Botafogo e Fortaleza. O destaque imediato é o clássico nacional entre Flamengo e Inter, sempre temperado por história recente de confrontos tensos e decisões no detalhe. A concorrência fora do país está pesada: a Argentina colocou quatro clubes (River Plate, Estudiantes, Racing e Vélez Sarsfield), o Paraguai dois (Libertad e Cerro Porteño), e há representantes de Peru (Universitario), Equador (LDU), Colômbia (Atlético Nacional) e Uruguai (Peñarol).

Os duelos definidos foram: Atlético Nacional (COL) x São Paulo (BRA), Fortaleza (BRA) x Vélez Sarsfield (ARG), Flamengo (BRA) x Internacional (BRA), Universitario (PER) x Palmeiras (BRA), Libertad (PAR) x River Plate (ARG), Botafogo (BRA) x LDU (EQU), Peñarol (URU) x Racing (ARG) e Cerro Porteño (PAR) x Estudiantes (ARG).

Na ida, quase tudo ficou aberto. Só um confronto teve placar elástico. Veja o quadro dos resultados:

  • Fortaleza 0x0 Vélez Sarsfield
  • Atlético Nacional 0x0 São Paulo
  • Peñarol 1x0 Racing
  • Cerro Porteño 0x1 Estudiantes
  • Flamengo 1x0 Internacional
  • Botafogo 1x0 LDU
  • Libertad 0x0 River Plate
  • Universitario 0x4 Palmeiras

O cenário pós-ida é claro: Palmeiras disparou e pode até perder por até três gols na volta que ainda avança. Nos outros confrontos, a margem é mínima e um gol muda tudo. Vale lembrar as regras atuais do mata-mata: não existe gol qualificado. Se houver empate no agregado após os 180 minutos, a decisão vai direto para os pênaltis (sem prorrogação), exceto na final em jogo único.

O chaveamento aponta caminhos interessantes. Quem passar de Fortaleza x Vélez enfrenta o vencedor de Peñarol x Racing nas quartas. O ganhador de Flamengo x Inter pega Cerro Porteño ou Estudiantes. Do outro lado, o classificado de Atlético Nacional x São Paulo cruza com Libertad ou River Plate. E quem sobreviver a Universitario x Palmeiras joga contra Botafogo ou LDU. É uma trilha que pode criar quartas recheadas de clássicos e confrontos históricos entre Brasil e Argentina.

As datas de volta, entre 19 e 21 de agosto, chegam num momento puxado do calendário sul-americano, com viagens longas e pouco tempo de recuperação. Quem tem elenco mais profundo tende a levar vantagem nessa sequência, principalmente se precisar virar placar.

Quem chega mais forte e os cenários para a volta

Quem chega mais forte e os cenários para a volta

Palmeiras foi o time mais eficiente da ida. Goleou a Universitario por 4 a 0 fora e encaminhou a vaga. O placar dá margem para gerir o elenco no segundo jogo, ajustar minutagem e até poupar peças se necessário. Numa Libertadores que costuma premiar regularidade e frieza, começar o mata-mata com vitória larga fora de casa conta demais.

O clássico entre Flamengo e Internacional trouxe a tensão esperada. O 1 a 0 rubro-negro deixa a chave aberta, mas com vantagem carioca. O Inter precisa vencer por um gol para levar aos pênaltis; por dois, para virar. A volta promete ambiente pesado e jogo de detalhes: bola parada, controle emocional e banco de reservas podem decidir.

O São Paulo segurou o 0 a 0 com o Atlético Nacional e leva a decisão para casa (ou pelo menos com seu mando, se fez a melhor campanha). Empate sem gols na ida em mata-mata é aquela faca de dois gumes: qualquer gol marcado na volta vira ouro, mas um vacilo também é fatal. O time colombiano costuma competir bem nesse tipo de confronto, então a execução do plano no primeiro tempo da volta pode desenhar o restante da noite.

Botafogo 1 a 0 LDU foi resultado importante, mas a conta ainda é dura. A volta em Quito, em altitude, exige um plano físico e mental muito bem desenhado. A LDU sabe usar o ritmo de jogo em casa e acelera quando sente brecha. Para o Botafogo, controle de posse, gestão dos momentos e um contra-ataque bem executado podem ser o caminho. Um empate basta; derrota por um leva aos pênaltis.

Libertad e River Plate fizeram um 0 a 0 com cara de xadrez. O River quase sempre aparece entre os favoritos, mas o Libertad é competitivo e costuma ser perigosíssimo em bolas paradas. Aqui, quem tiver mais calma para o último passe na volta tende a levar. Se ninguém abrir vantagem, a decisão por pênaltis não seria surpresa.

Na rota entre brasileiros e argentinos, o Estudiantes largou na frente: 1 a 0 sobre o Cerro Porteño em Assunção. Não há gol qualificado, mas vencer fora por margem mínima dá ao time de La Plata o conforto do empate no agregado. Do lado paraguaio, a missão é clara: intensidade desde o primeiro minuto, pressão alta e, se possível, gol cedo para mudar o clima do jogo.

Peñarol 1 a 0 Racing foi o típico jogo copeiro em Montevidéu. O Racing terá de ser criativo na volta, com circulação rápida e amplitude para furar um bloco que deve ser compacto. Para o Peñarol, transição rápida e bola aérea continuam sendo armas úteis. Empate garante vaga uruguaia; vitória argentina por um leva aos pênaltis.

Fortaleza e Vélez ficaram no 0 a 0, e a volta tende a ser mais aberta. O time cearense costuma crescer com o apoio da torcida e tem repertório para acelerar pelos lados. O Vélez, por sua vez, gosta de travar o jogo por dentro e morder a segunda bola. Margem mínima, nervos à flor da pele e espaço para o herói improvável.

Do ponto de vista de país, o Brasil tem presença forte e chance real de encher as quartas. Como há um confronto direto entre brasileiros, a conta máxima é de cinco vagas do Brasil na próxima fase. A Argentina, com quatro representantes, também pode chegar pesada, especialmente se River e Estudiantes confirmarem a força que mostraram na ida.

Outro fator subestimado é o deslocamento. Times que cruzam o continente em poucos dias perdem sessões de treino, ganham desgaste e enfrentam climas distintos. Saídas para altitude, como Quito, pedem ajuste de estratégia: rotação de elenco, gestão de ritmo e, quando possível, controle do relógio com posse e faltas táticas sem exagero.

A arbitragem com VAR segue padrão Conmebol, e os clubes já leram o ambiente: evitar faltas desnecessárias perto da área, cuidado com o uso do braço em divididas e atenção à linha de impedimento em transições. Em mata-mata tão apertado, um detalhe tecnológico vira capítulo decisivo.

No horizonte, a final em jogo único está marcada para 29 de novembro, em Lima, no Peru. A Conmebol ainda não confirmou o estádio, mas a logística já movimenta clubes, torcedores e patrocinadores. Até lá, a régua sobe a cada 90 minutos. Para quem está em vantagem mínima, a palavra é concentração. Para quem precisa virar, organização e cabeça fria. Na Libertadores, todo erro cobra caro — e toda bola bem tratada pode virar passagem às quartas.

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