Quando Jorge Carrascal,meia-atacante do Flamengo, encontrou a rede aos 11 minutos, parecia que o clássico seria só mais um ponto fácil para o time rubro‑negro.
Mas o Vasco da Gama, comandado pelo estrategista Fernando Diniz, respondeu logo em seguida: Rayan Rocha fechou 1‑1 aos 30 minutos, garantindo o empate que manteve a rivalidade sem vencedores.
O duelo aconteceu em Maracanã, noite de 21 de setembro de 2025, dentro da 24ª rodada do Campeonato Brasileiro Série A 2025Brasil. A partida foi transmitida ao vivo por vários canais, mas o clima que se sentiu nas arquibancadas – e que a narração de Vanessa destacou – foi de pura tensão.
Contexto histórico do clássico
Flamengo e Vasco já protagonizaram duelos marcantes; o último triunfo vascaíno foi no Campeonato Carioca de 2023, com Pulma Rodrigues marcando o gol da vitória por 1‑0. Desde então, o rubro‑negro tem levado a melhor, criando o que a comentarista chamou de "tabu" que o Vasco ainda tenta quebrar.
Em abril do mesmo ano, as duas equipes se enfrentaram sem gols, em um confronto que mostrou a solidez defensiva do Flamengo e a falta de definição do Vasco. Agora, quase seis meses depois, o empate de 1‑1 mantém a sequência de impasses e alimenta a expectativa de que o próximo clássico pode ser decisivo para o destino de ambas as equipes.
Detalhes da partida na 24ª rodada
O Flamengo entrou em campo com Maurício Souza no comando técnico. O time alinhou: Agustín Rossi; Léo Ortiz, Danilo, Ayrton Lucas e Emerson Royal; Saúl Ñíguez, Allan, Bruno Henrique, Everton e Gonzalo Plata; e, claro, Carrascal avançando como número 15.
Do lado vascaíno, Fernando Diniz escalou Léo Jardim; Lucas Freitas, João Victor, Lucas Piton e Paulo Henrique; Jair e Philippe Coutinho no meio‑campo; e na frente, Pablo Vegetti, Nuno Moreira e Rayan Rocha. A estratégia de Diniz, baseada em transição rápida, acabou funcionando naquele momento crítico.
O primeiro gol veio em uma jogada trabalhada pelos meias flamenguistas. Carrascal recebeu no peito, driblou um marcante, avançou e, de primeira, bateu firme no canto esquerdo do goleiro vascaíno. O Maracanã vibrou, mas a festa ainda era curta.
Trinta minutos depois, o Vasco ganhou a bola no meio‑campo, avançou com velocidade e encontrou Rayan Rocha livre na área. O atacante, que havia entrado no segundo tempo, aproveitou a sobra e bateu cruzado, vencendo Rossi. O placar ficou 1‑1 e o clima se transformou em uma disputa de nervos.
Os minutos finais foram marcados por chances de ambos os lados, mas a defesa do Flamengo, liderada por Danilo e Emerson Royal, conseguiu segurar. No fim, o apito final consolidou o empate que deixará perguntas no ar.
Reações de treinadores e jogadores
Ao sair do vestiário, Maurício Souza elogiou a postura defensiva do time, mas lamentou a falta de concretização nas finalizações. “Precisamos ser mais clínicos”, disse, enquanto apontava para a necessidade de melhorar a transição ofensiva.
Já Diniz reconheceu a força do rival e destacou a importância de não perder pontos fora de casa. “Eram duas oportunidades claras. Conseguimos reagir, mas ainda precisamos de mais consistência para sair da zona de rebaixamento”, afirmou em entrevista coletiva.
Entre os jogadores, Carrascal manifestou satisfação pelo gol, mas admitiu que poderia ter ajudado mais. “Fico feliz, mas o time tem que cumprir a missão toda”, disse ao microfone.
Rayan Rocha, por sua vez, comemorou o empate como "vitória parcial" e destacou a garra do grupo. “A gente mostrou que tem peito. O próximo clássico será ainda mais difícil, mas estamos prontos”, declarou.

Impacto na tabela e projeções
Com o ponto, o Flamengo mantém 51 pontos, ocupando a terceira colocação, a apenas dois pontos do líder. O clube ainda tem 14 rodadas para tentar fechar a temporada como campeão.
O Vasco da Gama soma agora 24 pontos, permanecendo na 16ª posição, a quatro pontos da zona de rebaixamento. Cada ponto perdido aumenta a pressão sobre o elenco, que tem pouca margem para erros.
Estatísticas recentes reforçam a diferença: o Flamengo marcou 47 gols e sofreu 22 até a 23ª rodada, enquanto o Vasco tem 28 gols feitos e 42 sofridos. Esses números indicam que a defesa vascaína ainda é vulnerável, aspecto que pode comprometer a luta contra o descenso.
O que vem pela frente para Flamengo e Vasco
Nas próximas duas semanas, o Flamengo encara adversários diretos na briga pelo título, como o Palmeiras e o Atlético‑MG. Uma vitória nessas partidas pode abrir uma folga confortável na liderança.
O Vasco, por sua vez, tem confrontos contra times do meio‑da‑tabela, onde o risco de perder pontos é ainda maior. Diniz já sinalizou a intenção de mudar a formação ofensiva, talvez inserindo um atacante mais rápido para explorar a defesa vulnerável dos rivais.
Em resumo, o clássico de 21 de setembro serviu como um termômetro das aspirações de cada clube: enquanto o Flamengo busca consolidar sua posição de candidato ao título, o Vasco luta para afastar o espectro do rebaixamento. O próximo encontro entre as duas instituições, ainda que não programado, será aguardado como o possível divisor de águas da temporada.

Principais números da partida
- Gols: 1 a 1
- Posse de bola: Flamengo 58% – Vasco 42%
- Finalizações: Flamengo 14 (6 ao gol) – Vasco 11 (4 ao gol)
- Cartões amarelos: 3 (Flamengo) – 4 (Vasco)
- Publico estimado: 68.000 torcedores
Perguntas Frequentes
Como esse empate afeta as chances de título do Flamengo?
O ponto mantém o Flamengo com 51 pontos, a apenas dois do líder. Ainda há 14 rodadas, logo o time mantém vivas as possibilidades de lutar pelo título, mas precisará vencer os próximos confrontos contra Palmeiras e Atlético‑MG para abrir espaço.
O que o Vasco precisa fazer para sair da zona de rebaixamento?
Além de garantir pontos contra equipes de médio grau, o Vasco deve melhorar a defesa, que já concedeu 42 gols. Diniz pode apostar em mudanças táticas, como reforçar o meio‑campo defensivo e colocar um atacante mais rápido para converter chances.
Quem foi o destaque individual da partida?
Jorge Carrascal brilhou ao abrir o placar para o Flamengo, enquanto Rayan Rocha mostrou raça ao empatar para o Vasco. Ambos tiveram impactos diretos no resultado.
Qual a importância histórica deste clássico para a rivalidade?
Desde a vitória vascaína no Carioca de 2023, o Flamengo domina o confronto. O empate prolonga o "tabu" vascaíno, mas também demonstra que o clássico ainda pode ser decisivo para a classificação de ambos os clubes.
Quais foram as principais diferenças táticas entre as equipes?
Maurício Souza optou por manter a posse de bola e pressionar alto, enquanto Fernando Diniz buscou transição rápida e contra‑ataques. A estratégia vascaína funcionou nas bolas paradas, proporcionando o gol de empate.