Carla Marins é criticada por quase ausência em 'Três Graças' e fãs questionam decisão da Globo

Carla Marins é criticada por quase ausência em 'Três Graças' e fãs questionam decisão da Globo

Larissa Marques nov. 26 0

A atriz Carla Marins, conhecida por décadas de atuação na televisão brasileira, virou alvo de críticas severas por sua quase total ausência na novela 'Três Graças', da Rede Globo. A denúncia veio da colunista Anna Luiza Santiago, da seção Play do Jornal O Globo, que, em postagem de 24 de novembro de 2025, deu nota zero à presença da atriz no elenco. "Carla Marins e Túlio Starling quase não aparecem em Três Graças. São os atores que menos tiveram cenas em mais de um mês de novela", escreveu Santiago no Twitter, comprovando a observação com imagens das cenas exibidas. A crítica não foi isolada — fãs nas redes sociais se uniram em indignação, perguntando: "Para que escalar uma atriz tão talentosa e deixá-la no escuro?" E mais: "Jurava que ela seria a chave de vários mosteiros. E nada. Nada mesmo."

Uma promessa não cumprida

A personagem Xênica, interpretada por Carla Marins, foi apresentada como uma figura central na estrutura da trama: uma matriarca com segredos profundos, ligada aos laços familiares e ao passado sombrio da família protagonista. As expectativas eram altas. A atriz, com mais de 40 anos de carreira — passando por clássicos como Roque Santeiro e O Clone — tem reputação de dominar cenas com apenas um olhar. Mas, desde a estreia da novela em outubro de 2025, suas aparições se resumem a breves cenas de fundo, sem diálogos significativos. Nada que justifique o peso da escalação. A situação é ainda mais estranha porque, em entrevistas promocionais, a própria Rede Globo destacava Xênica como um dos pilares emocionais da trama. Agora, o público sente que foi enganado.

Outro lado do mesmo problema: Túlio Starling e a lógica do elenco

Carla Marins não está sozinha nessa invisibilidade. O ator Túlio Starling, igualmente veterano e com carreira sólida em novelas e teatro, também foi praticamente apagado da narrativa. Seu personagem, supostamente ligado aos bastidores do poder familiar, não tem sequer uma cena de impacto. Isso levanta uma pergunta incômoda: será que a direção da novela perdeu o rumo? Ou houve um corte de roteiro que nunca foi comunicado? A ausência de ambos não parece ser um erro técnico — é uma escolha artística que soa como negligência. Enquanto personagens secundárias ganham mais tempo de tela, talentos consagrados são relegados a meros figurantes. Os telespectadores não são burros. Eles percebem quando um ator é usado como enfeite.

Um padrão de críticas que não para

A crítica de Anna Luiza Santiago não é a primeira sobre Três Graças. Em outra postagem, ela rebateu com ironia a cena em que a vilã Arminda, interpretada por Grazi Massafera, abre uma porta secreta com uma chave antiga — algo que, em 2025, soa anacrônico. "Gerluce e Bagdá já entraram lá. Difícil acreditar que uma mulher rica ainda não instalou fechadura digital. Fica a dica!", escreveu. Essa observação aparentemente menor revela algo maior: a produção está desconectada da realidade que quer retratar. Se a escrita não se atualiza, se os detalhes são descuidados, por que então investir em grandes nomes e depois escondê-los? É como contratar um chef de renome e só pedir para ele temperar o sal.

Quem está na tela — e quem deveria estar

Enquanto isso, outras personagens ganham espaço. Barbara Reis, como Lena, traz uma narrativa emocionalmente rica sobre maternidade frustrada — e foi bem explorada em entrevista ao Gshow. Já Xamã, como Bagdá, e Alana Cabral, como Joélly, têm cenas bem construídas, com arco narrativo claro. Mas o contraste é gritante. Enquanto eles crescem na trama, Carla Marins e Túlio Starling parecem ter sido esquecidos em algum canto do Projac, o complexo da Globo no Caju, Rio de Janeiro. A falta de comunicação sobre o destino dos personagens gera desconfiança. Será que houve conflito de agenda? Problemas de roteiro? Ou simplesmente falta de visão criativa?

Quem paga a conta? O público e a reputação da Globo

A Rede Globo, maior emissora do país, tem uma tradição de valorizar o elenco. Mas quando talentos experientes são subutilizados, o dano não é só para os atores — é para a própria marca. O público sente. E não esquece. Nos últimos anos, a emissora já enfrentou críticas por descartar atores veteranos em favor de nomes mais jovens — mas aqui o problema é diferente: não é desprezar, é esquecer. E isso dói mais. Carla Marins não é uma atriz que precisa de exposição. Ela já construiu sua história. Mas ela merece respeito. E o público merece coerência. Quando uma novela promete profundidade e entrega superficialidade, o desgaste é inevitável.

O que vem a seguir?

Até agora, nenhuma declaração oficial foi feita pela direção da novela ou pela Globo sobre o destino de Xênica ou de Túlio Starling. Não há indícios de que os personagens retornarão com força. E isso é preocupante. Em novelas, o silêncio da produção muitas vezes significa que algo foi abandonado. Se os roteiristas não têm plano para Xênica, por que a escalaram? Se a intenção era usar Carla Marins como um símbolo de autoridade e mistério, então a narrativa falhou. E a audiência sabe disso. O que resta é esperar — ou desligar a TV.

Frequently Asked Questions

Por que Carla Marins foi escalada se não ia aparecer na novela?

A escalação de Carla Marins provavelmente foi feita para dar credibilidade à trama e atrair telespectadores que reconhecem seu talento. Mas a falta de uso da personagem Xênica sugere falha na adaptação do roteiro ou cortes inesperados. Não há explicação oficial, mas a prática de escalar grandes nomes para depois reduzi-los a figurantes já aconteceu antes em outras novelas da Globo, gerando reações negativas.

Túlio Starling também foi prejudicado da mesma forma?

Sim. Túlio Starling, ator com carreira sólida em teatro e TV, tem menos de cinco cenas em mais de um mês de exibição. Seu personagem, supostamente ligado ao poder e aos segredos da família, não teve desenvolvimento. Isso reforça a crítica de que a direção da novela não tem clareza sobre o que quer contar — ou não se importa com a consistência narrativa.

A crítica da coluna Play tem peso na indústria?

Sim. A coluna Play, de Anna Luiza Santiago, é referência para produtores e roteiristas da Globo. Suas críticas são lidas internamente e já influenciaram mudanças em outras novelas. Quando ela aponta falhas de roteiro ou subutilização de atores, isso vira um alerta. A crítica a Xênica e Arminda mostra um padrão de atenção aos detalhes — e isso preocupa a equipe da produção.

O público está abandonando a novela por causa disso?

Ainda não há queda significativa nas médias de audiência, mas o engajamento nas redes sociais é negativo. Fãs comentam que "não veem sentido em continuar assistindo". A novela ainda tem fidelidade por causa da marca Globo, mas a percepção de desgaste cresce. Se a situação não for corrigida, pode afetar a reputação da trama no longo prazo, especialmente entre o público mais exigente.

Há chances de Carla Marins voltar com força na trama?

Nenhuma indicação oficial foi dada. Mas, considerando que a novela ainda está em fase média — com cerca de 40 capítulos exibidos de 180 —, ainda há espaço para resgatar personagens. Se Xênica reaparecer com um papel decisivo nos próximos capítulos, pode até salvar a trama. Mas se continuar invisível, a crítica só vai piorar — e o público vai lembrar disso por muito tempo.

Isso já aconteceu com outras novelas da Globo?

Sim. Em 2022, a novela Um Lugar ao Sol escalou a atriz Mariana Ximenes para um papel central, mas reduziu sua presença após oito semanas, gerando protestos. Em 2020, Amor de Mãe também escondeu o personagem de Cássia Kiss por semanas, causando frustração. A Globo tem um histórico de escalar grandes nomes e depois subutilizá-los — e o público, cada vez mais conectado, não aceita mais isso.

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