Quando Aryna Sabalenka, Belarusiana, campeã mundial derrotou Amanda Anisimova, americana de 24 anos, na final do US Open 2025USTA Billie Jean King National Tennis Center, em Nova York nesta sexta‑feira, 6 de setembro, o tênis feminino ganhou um capítulo inesperado. Sabalenka venceu por 6‑3 e 7‑6(7‑3), garantindo seu segundo US Open consecutivo e o quarto Grand Slam da carreira.
Contexto histórico: por que esse título importa
O torneio, que aconteceu de 18 de agosto a 7 de setembro, marcou a 145ª edição do maior Grand Slam dos Estados Unidos. Até então, a última mulher a defender o troféu em Nova York foi Serena Williams, que conquistou três vezes seguidas entre 2012 e 2014. Sabalenka, então, entrou na história ao romper um hiato de 11 anos.
Além da vitória, a partida manteve a Aryna Sabalenka como número 1 do ranking mundial. No início da semana, Iga Świątek e Coco Gauff também disputavam a posição, mas a conquista da final consolidou a liderança da bielorrussa.
Detalhes da final: como Sabalenka superou Anisimova
No primeiro set, Sabalenka impôs seu jogo de potência. "Todos os treinos duros valeram a pena para este momento", disse ela ao término do set, ainda sem saber que o segundo seria ainda mais disputado.
O segundo set foi um verdadeiro vai‑e‑vem: Anisimova respondeu com golpes precisos, forçando o tie‑break. No placar de 7‑6(7‑3), a bielorrussa mostrou frieza, sacando duas vezes seguidas para fechar o título.
Após o triunfo, Sabalenka agradeceu à torcida e ao adversário: "Confie, o dia em que você ganhar seu primeiro Grand Slam chegou. Você jogou um tênis incrível". O prêmio de US$ 5 milhões foi entregue com um sorriso que misturava alívio e exaustão.

Outros destaques do torneio
- Victoria Jiménez Kasintseva tornou‑se a primeira andorrana a entrar no quadro principal de um Grand Slam.
- Alexandra Eala fez história como a primeira filipina a vencer um confronto de simples no principal.
- Renata Zarazúa registrou a primeira vitória de uma mexicana contra uma top 10 no US Open.
- Venus Williams, aos 45 anos, foi a jogadora mais velha a disputar o quadro principal desde Renée Richards, em 1981.
O torneio também encerrou a carreira de duas lendas: Petra Kvitová (ex‑número 2) perdeu na primeira rodada para Diane Parry, e Caroline Garcia (ex‑número 4) saiu derrotada por Kamilla Rakhimova.
Curiosamente, pelos terceiro e último tempo na Era Aberta, todos os oito quartas‑de‑final haviam já disputado uma final de Grand Slam. Um sinal de que o nível de experiência no circuito está cada vez mais concentrado.
Repercussões e recordes femininos
Além de ser a primeira a defender o US Open desde Williams, Sabalenka evitou um recorde menos agradável: tornar‑se a primeira a perder três finais de Grand Slam numa mesma temporada, algo que only Justine Henin sofreu em 2006. Ela já havia caído na Austrália (para Madison Keys) e em Roland‑Garros (para Coco Gauff).
Anisimova, por sua vez, escreveu seu próprio capítulo. Depois de eliminar duas ex‑números 1 — Iga Świątek nas quartas de final e outra numa rodada anterior —, ela foi a primeira a alcançar duas finais de Grand Slam consecutivas sem ainda ter um título, algo que não ocorria desde o início da Era Aberta.

Perspectivas futuras: o que vem depois
O próximo US Open está programado para 24 de agosto a 13 de setembro de 2026, ainda no USTA Billie Jean King National Tennis Center. Comentadores já especulam se Sabalenka vai buscar o raro "treble" — três títulos seguidos —, algo que só Serena Williams conseguiu na era moderna.
No masculino, Carlos Alcaraz ergueu a Taça, conquistando seu sexto Grand Slam. A convergência de duas gerações — Alcaraz e Sabalenka — promete intensificar ainda mais a disputa pelas primeiras posições do ranking.
Para os fãs, a mensagem é clara: o tênis feminino está vivendo um renascimento de competitividade e diversidade. Novas nações estão deixando sua marca, veteranos como Venus continuam a surpreender, e a disputa por lugares históricos nunca foi tão acirrada.
Perguntas Frequentes
Como a vitória de Sabalenka afeta o ranking mundial?
Ao vencer o US Open, Sabalenka manteve a posição de número 1 no ranking da WTA, ampliando sua vantagem sobre Iga Świątek e Coco Gauff, que ainda precisam de resultados consistentes para retomar a liderança.
Qual a importância histórica da presença de jogadores de países como Andorra e Filipinas?
Victoria Jiménez Kasintseva (Andorra) e Alexandra Eala (Filipinas) marcaram a primeira vez que atletas desses países disputaram e venceram partidas em um Grand Slam, ampliando a representatividade global do tênis e inspirando futuras gerações.
O que o término da carreira de Petra Kvitová significa para o tour feminino?
A aposentadoria de Kvitová, duas vezes campeã de Wimbledon, abre espaço para novas lideranças e reforça a transição de uma geração dominante na década passada para a nova leva de estrelas como Sabalenka e Anisimova.
Quais são as previsões para o US Open de 2026?
Especialistas apostam que Sabalenka tentará o terceiro título consecutivo, enquanto jovens promessas como Carlos Alcaraz e Coco Gauff devem aparecer como fortes candidatas. A expectativa é de um torneio ainda mais imprevisível, com mais países representados nas fases finais.